sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Virtualização


Introdução




O conceito de maquina virtual surgiu no começo dos anos 70, pela IBM com sistema operacional operando em mainframe que suportava virtualização que era: OS/370[Goldberg 1973, Goldberg and Mager 1979] . Para fornecer ao usuário um cenário mono-usuario completo com suas próprias aplicações e sistema operacionais, completamente independente dos demais ambiente usuários.

Nos anos 80 a virtualização perdeu mercado pelo custo do hardware que ficou mais barato, não era viável virtualizar ,pois os novos hardware tinha um desempenho modesto com a virtualização . Não precisar mais ter computador de grande porte para suporta várias virtualizações , então era mais viável deixar cada usuário com máquina.

Com surgimento da linguagem Java nos anos 90, permitiu novamente a idéia de virtualização  implementando agora pela empresa Vmware sobre a plataforma Java,mas a Intel não deu todo suporte a virtualização. Agora no Várias linguagens são compiladas para máquinas virtuais portáveis e os processadores mais recentes trazem um suporte nativo à virtualização.


Conceito de virtualização


A virtualização consiste na emulação de ambientes isolados, capazes de rodar diferentes sistemas operacionais dentro de uma mesma máquina, aproveitando ao máximo a capacidade do hardware, que muitas vezes fica ociosa em determinados períodos do dia, da semana ou do mês.  Esse aproveitamento é maior devido à possibilidade de fornecer ambientes de execução independentes a diferentes usuários em um mesmo equipamento físico, concomitantemente.

Além disso, esse procedimento diminui o poder dos sistemas operacionais, que, muitas vezes, restringem o uso do hardware, quanto à utilização de software. Isso acontece porque softwares normalmente só rodam sobre o sistema operacional para o qual foram projetados para rodar. Diferentes sistemas operando em uma mesma máquina aumentam a gama de softwares que podem ser utilizados sobre o mesmo hardware.

Essa técnica, muito empregada em servidores, ainda tem como vantagem oferecer uma camada de abstração dos verdadeiros recursos de uma máquina, provendo um hardware virtual para cada sistema, tornando-se também uma excelente alternativa para migração de sistemas. (Professor Otto Duarte )

   


Virtualização total e para-virtualização

Existem duas formas de implementação dos monitores de máquina virtual: a virtualização total e a para-virtualização.

A virtualização total tem por objetivo fornecer ao sistema operacional visitante uma réplica do hardware subjacente. Dessa forma, o sistema operacional visitante é executado sem modificações sobre o monitor de máquina virtual (VMM), o que traz alguns inconvenientes. O primeiro é que o número de dispositivos a serem suportados pelo VMM é extremamente elevado. Para resolver esse contratempo, as implementações da virtualização total usam dispositivos genéricos, que funcionam bem para a maioria dos dispositivos disponíveis, mas não garantem o uso da totalidade de sua capacidade. Outro inconveniente da virtualização total é o fato de o sistema operacional visitante não ter conhecimento de que está sendo executado sobre o VMM, então as instruções executadas pelo sistema operacional visitante devem ser testadas pelo VMM para que depois sejam executadas diretamente no hardware, ou executadas pelo VMM e simulada a execução para o sistema visitante.Por fim, o último inconveniente da virtualização total é o fato de ter que contornar alguns problemas gerados pela implementação dos sistemas operacionais, já que esses foram implementados para serem executados como instância única nas máquinas física, não disputando recursos com outros sistemas operacionais. Um exemplo desse último inconveniente é uso de paginação na memória virtual, pois há a disputa de recursos entre diversas instâncias de sistemas operacionais, o que acarreta em uma queda do desempenho.


Figura 2: Virtualização total na arquitetura x86.
A para-virtualização é uma alternativa à virtualização total. Nesse modelo de virtualização, o sistema operacional é modificado para chamar o VMM sempre que executar uma instrução que possa alterar o estado do sistema, uma instrução sensível. Isso acaba com a necessidade de o VMM testar instrução por instrução, o que representa um ganho significativo de desempenho. Outro ponto positivo da para-virtualização é que os dispositivos de hardware são acessados por drivers da própria máquina virtual, não necessitando mais do uso de drivers genéricos que inibiam o uso da capacidade total do dispositivo.
Embora a para-virtualização apresentasse um ganho de desempenho significativo frente à virtualização total, essa disparidade tem sido superada devido à presença de instruções de virtualização nos processadores Intel e AMD, que favorecem a virtualização total. A tecnologia de virtualização da Intel é a IVT (Intel Virtualization Technology), codinome Vanderpool. A da AMD é a AMD-V (AMD-Virtualization), codinome Pacífica. Embora tenham sido desenvolvidas para o mesmo propósito, foram desenvolvidas de maneira independentes. Por esse motivo, há alguns problemas na portabilidade de máquinas virtuais de uma arquitetura Intel para a arquitetura AMD e vice-versa.
Portanto, tendo em vista as técnicas de virtualização, a decisão de qual melhor a técnica de virtualização para um dado ambiente está intimamente ligada a qual o processador da máquina física que vai hospedar as virtuais, bem como se o processador possui ou não uma extensão no seu conjunto de instruções que suporte a virtualização.


Figura 3: Para-virtualização na arquitetura x86.

(Diogo Menezes Ferrazani Mattos)


Tipos de Processadores

  • AMD Virtualization (AMD-V ™) Tecnologia


Tecnologia AMD-V é um conjunto de extensões de hardware que lhe permitem fazer melhor uso de seus recursos, em geral, melhorando seus servidores, clientes e data centers. Os processadores AMD Opteron ™ permitem que você alcançar a consolidação tremenda com até 12 núcleos e escalabilidade de memória enorme.
Alimentar notebooks ultrafinos para servidores blade, todos os processadores AMD enviados são projetados para usar AMD-V características.

CARACTERÍSTICAS
BENEFÍCIOS

Extensões de virtualização para o conjunto de instruções x86

Permite que o software de forma mais eficiente criar máquinas virtuais para que vários sistemas operacionais e suas aplicações podem funcionar simultaneamente no mesmo computador.

Tagged TLB

Recursos de hardware que facilitam a troca eficiente entre as máquinas virtuais para a capacidade de resposta melhor aplicação.

Rapid Virtualization Indexing (RVI)
Ajuda a acelerar o desempenho de muitos aplicativos virtualizados, permitindo baseada em hardware de gerenciamento de memória da máquina virtual.

AMD-V ™ Extended Migration
Ajuda o software de virtualização com as migrações de máquinas virtuais entre todos os disponíveis AMD Opteron gerações. Para um olhar em profundidade Migração Extended, leia mais aqui .

I / O de virtualização
Permite o acesso direto do dispositivo por uma máquina virtual, ignorando o hypervisor para o desempenho de 

(AMD)

  • Intel é a IVT (Intel Virtualization Technology)
As tecnologias Intel® VT (Tecnologia de virtualização Intel®) e Intel® TXT (Intel® Trusted Execution Technology) e a arquitetura Intel® 64 exigem um sistema de computador com processador, chipset, BIOS, software e/ou sistema operacional habilitados para elas, drivers de dispositivo e aplicativos criados para esses recursos. O desempenho varia de acordo com a configuração.


Avanços no desempenho do processador estão transformando a maneira comoas organizações de TI utilizam dados de produtividade e melhorar o centro eeficiência energética.

Intel ® Xeon ® baseado em Intel ® Core ™ integrar hardware para virtualizaçãoem todos os componentes do servidor-chave, incluindo a Tecnologia de Virtualização Intel ® (Intel ® VT), ajudando as organizações de TI consolidar mais aplicativos e cargas de trabalho mais pesado em cada servidor para melhorar a confiabilidade, flexibilidade e custo total de propriedade (TCO).

Como a base da tecnologia da Intel de servidor mais avançado, microarquitetura Intel Core melhora o desempenho de virtualização através de cada parte da plataforma de servidor.

Tipos de Virtualização
  • Completa
A virtualização completa é quando utilizar toda infra-estrutura da maquina para virtualizar, isso o hardware precisar entender que estar rodando dentro de uma Virtual maquine. Sendo que não precisar modificar o sistema operacional nativo.

  • Paravirtulização
A paravirtulização consiste a emulação de uma arquitetura virtual maquine dentro de um sistema operacional, mas que não consiste em uma arquitetura física ou real.

  • Emulação
A máquina que simula um hardware completo, que esta sendo executada em um hardware totalmente diferente.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O que é Linux?



Linux é ao mesmo tempo um Sistema Operacional e um Núcleo. O Kernel (Núcleo) foi criado em 1991 por Linus Torvalds, hoje em dia o Linux é mantido por desenvolvedores de todo o mundo (desde desenvolvedores individuais até empresas como a IBM, HP, Canonical).Foi desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob licença GPL para qualquer pessoa que utilizar, estudar, modificar e distribuir de acordo com os termos da licença. Inicialmente desenvolvido e utilizado por grupos de entusiastas em computadores pessoais, o sistema Linux passou a ter a colaboração de grandes empresas, como a IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard (HP), Red Hat, Novell, Oracle, Google, Mandriva e a Canonical.

O Linux adota a GPL - O que significa (Entre outras coisas), que todos podem Utilizá-la, Distribuí-la e modifica-la. O Linux pode ser um ambiente seguro, moderno e principalmente estável para desktops e servidores. Assim que Linus Torvalds disponibilizou o Linux, ele disponibilizava o Kernel (núcleo) junto com alguns utilitários básicos. O usuário tinha que procurar até encontrar os outros programas o que é muito diferente de hoje em dia quando um simples CD de instalação do Ubuntu por exemplo já vem com uma gama de ferramentas.

As distribuições de GNU/Linux começaram a ter maior popularidade a partir da segunda metade da década de 1990, como uma FUGA para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS. O Sistema começou a se popularizar no mercado de servidores (Pela estabilidade, segurança e economia). Hoje em dia, um Sistema Operacional Linux Completo é uma coleção de softwares (Livres ou não) criados por organizações ao redor do mundo tendo o Linux como seu Núcleo.
O kernel Linux
Inicialmente, o kernel Linux foi desenvolvido como um hobby por Linus Torvalds (então um estudante) com o objetivo de desenvolver seu próprio sistema operacional “Unix-like” que rodasse em processadores Intel 80386. Linus chegou a estudar o Minix, um sistema similar de autoria do famoso acadêmico Andrew Tanenbaum, mas não ficou satisfeito com a arquitetura deste (que não era um software livre, inclusive) e resolveu criar o seu próprio sistema. O projeto Linux foi publicamente lançado em 1991 em uma famosa mensagem para a Usenet.
Sistemas de arquivos suportados

O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistema de arquivos, de diversos sistemas operacionais, além de alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instalado em dual boot com outros sistemas (Windows, por exemplo) ou mesmo funcionando como Live CD, ele poderá ler e escrever nas partições formatadas em FAT e NTFS. Por isto, Live CDs Linux são muito utilizados na manutenção e recuperação de outros sistemas operacionais.
Distribuições Linux

Distribuição Linux é um sistema operacional Unix-like incluindo o kernel Linux e outros softwares de aplicação, formando um conjunto. Distribuições (ou “distros”) mantidas por organizações comerciais, como a Red Hat, Ubuntu, SUSE e Mandriva, bem como projetos comunitários como Debian e Gentoo montam e testam seus conjuntos de software antes de disponibilizá-los ao público.
Uma lista das distribuições hoje existentes:
ALT Linux, Arch Linux, Debian, gNewSense 3.0, BrDesktop, BRLix, Damn Small Linux, Freedows, Insigne GNU Linux, Ubuntu, Alinex, Caixa Mágica, Fluxbuntu, gNewSense, Gobuntu, Goobuntu, Jolicloud, Mangaka, Kubuntu, Kubuntu Netbook Remix, SimbiOS, KeeP-OS, Knoppix, Kurumin NG, DreamLinux, Big Linux, gnuLinEx, Resulinux, Rxart, Satux, Skolelinux, SuiteTelecentro, , Linux Educacional 3.0, Linux Mint, Ubuntu Netbook Remix, Ubuntu Studio, Ultimate Edition, Xubuntu, ZeVenOS, Xandros, Foresight Linux, Gentoo, Guaranix, Librix, Litrix Linux, Sabayon Linux, Tutoo, GoboLinux, Linux From Scratch, Neo Dizinha, Puppy Linux, Red Hat Linux, CentOS, Fedora, Ekaaty, Insigne GNU Linux - versão 3, Libertas, Muriqui, Vixta, Mandriva, PCLinuxOS, Yellow Dog Linux, Resulinux, Slackware Linux, GoblinX, Slax, Vector Linux, SuSE, OpenSuSE, SYSTEM AJUS, Hymera
Como escolher uma distribuição Linux para o Desktop
(PCWORLD) A julgar pelos números de popularidade rastreados tanto pelo site Distriwatch como por um estudo recente da LinuxTrends, o Ubuntu é claramente a “distro” mais popular. Não há como negar que o Ubuntu tem muitos benefícios para os usuários, mas ao mesmo tempo há muitas outras possibilidades, cada qual adicionando seu “tempero” próprio ao Linux.
Habilidade
Se você nunca usou o Linux antes, é melhor ficar com uma distribuição mais adequada aos usuários iniciantes. Esta é uma das principais características do Ubuntu, mas o Fedora, Linux Mint e o openSUSE também podem ser boas escolhas. Eu recomendaria o Ubuntu ou Fedora para um novo usuário.
Foco
Se seu trabalho (ou o de sua empresa) é focado em uma área específica, vale a pena dar uma olhada nas muitas versões “de nicho” do Ubuntu, como a EduBuntu (para educação) e UbuntuStudio (para músicos, artistas gráficos e produtores de vídeo).
Suporte
Cada distribuição tem sua própria comunidade online, que é geralmente o melhor lugar para conseguir ajuda gratuita quando problemas surgem. Antes de escolher uma distro, pode ser uma boa idéia “dar uma olhada” em sua comunidade visitando os fóruns onde os usuários se reúnem. Alguns são mais amigáveis do que os outros.
fonte: Ofina na Net




sábado, 1 de dezembro de 2012

Aplicando QoS em comunicação VoIP em enlaces ADSL






 Aplicando QoS em comunicação VoIP em enlaces ADSL


Por: Adriano Uchoas Alessandro Leiva
Fabio Teodora de Jesus

Moacyr Carlos Santos Filho





Resumo





A capacidade de comunicação de voz através da Internet atrai pela crescente popularidade  da  Banda  Larga.  Este  artigo  apresenta  as  limitações  de  qualidade existentes em enlaces do tipo ADSL e as exigências de aplicação dos mecanismos de qualidade do serviço, que permitam diferenciar os vários tipos de servos que trafegam no enlace ADSL, destacando as tecnologias existentes e vantagens do sistema.
Palavras-chave: VoIP, ADSL, QoS, Banda Larga.





Introdução





A abrangência da rede telefônica atualmente existente no país retrata sua capacidade e infraestrutura, que inicialmente usada somente para tráfego de voz, ainda que a capacidade de transmissão do par de fios fosse maior do que a demanda da aplicação, a gama de funcionalidades não era explorada para outros serviços. A busca por maiores taxas de transmissão cresce continuamente, sendo necessário o uso de novas tecnologias para melhorar o aproveitamento do par metálico de fios, ou mesmo substituí-lo caso seja fator limitante para o aumento das taxas de transmissão. Porém

apenas o aumento das taxas de transferência não é suficiente para garantir o perfeito funcionamento do serviço. (ANSCHAU; MARQUES; TEIXEIRA, 2010)
. O conceito de Qualidade de Serviço (Quality of Service - QoS), trata das técnicas para  prover o melhor serviço para determinados tipos de tráfego, e neste sentido, a aplicação de políticas de QoS, deve ser implementado em sistemas VoIP sob ADSL. (OLIVEIRA, 2005)




VoIP





O VoIP (Voice over IP), viabiliza a comunicação telefônica utilizando a internet como meio de transmissão da voz, a tecnologia VoIP converte sinal de voz analógico através da quebra da conversação em pacotes de dados através do protocolo IP, e os transmite através da internet ou redes digitais privadas. E esses mesmos pacotes são utilizados   com   vantagens   sobre    telefônia   convencional   como,   por   exemplo, possibilitar que diversas chamadas telefônicas ocupem o espaço antes ocupado por somente uma chamada da rede convencional. (SOARES; FREIRE, 2002)
Um dos padrões mais conhecidos para  VoIP é o [H.323], definido pelo ITU (International Telecommunication Union) em 1996, que estabelece padrões para comunicações multimídia sobre redes locais que não provêm funcionalidades de Qualidade de Serviço (QoS). (OLIVEIRA, 2005)
Para  efetuar  a  comunicação  através  de  vos  sobre  IP  normalmente  são necessários:
Gateway  de  Voz:  Dispositivo  responsável  pela  digitalização,  compressão, demodulação e funções de empacotamento IP sobre o sinal de voz recebido. Estes equipamentos também possibilitam a interligação com as redes telefônicas convencionais. (SOARES; FREIRE, 2002)
Agente de Chamada: Notificado via sinalização enviada pelo gateway de que uma chamada está sendo iniciada e analisa como a chamada será gerenciada. (SOARES; FREIRE, 2002)
GateKeeper: Utilizados para as ligações em longa distância, que gerenciam uma série de outros equipamentos e podem autorizar chamadas, fazer controle da largura de banda

utilizada,  ou  seja,  ele  pode  ser  descrito  como  uma  central  telenica  para  VoIP. (SOARES; FREIRE, 2002)
Equipamento de usuário: Dispositivo final usado pelo usuário que solicita o uso de serviço de voz. Podendo ser este analógico ou digital
A  tecnologia  ADSL,  atualmente  é  uma  das  mais  populares,  principalmente  no seguimento de usuários domésticos e pequenas empresas. (SOARES; FREIRE, 2002)




Enlaces ADSL





Nos anos 90, quase todos os usuários residenciais acessavam a internet por meio de linhas telefônicas analógicas utilizando um modem discado, e não se podia utilizar a linha para voz no mesmo tempo. Quando os modens discados atingiram o limite de capacidade de transmissão de dados da Rede de Telefonia Pública Comutada (RTPC), as empresas de telefonia foram compelidas a desenvolver outras tecnologias que permitissem acessar a internet em altas velocidades (SAKURAY; SADOYAMA, 2004).
Foi a partir dai que surgiu a tecnologia ADSL (Asymmetrical Digital Subscriber Line),  que  é  uma  das  tecnologias  da  família  xDSL  que  utiliza  a  infraestrutura  da telefonia convencional, mas o faz sem deixar a linha ocupada, pois quando um telefone esta sendo utilizado para uma chamada de voz, este utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha que utilizam uma faixa de  frequência de onda muito baixa, entre 300 e 4000 Hz. A tecnologia ADSL faz uso da faixa livre de frequência geralmente através da técnica FDM (Frequency Division Multiplexing-Multiplexação por Divisão de Frequência ) ou com a técnica de Cancelamento de Eco. O FDM faz uso de parte do espectro livre para envio de dados (lastreiam) e outra para o recebimento dos dados (downstream). (ALECRIM, 2012)





Figura 1: Divisão de frequências da linha telefônica no ADSL



Mas a tecnologia ADSL é limitada a localidades onde os usuários estejam a uma distância entre 2,7 e 5,5 km da central telefônica, ou seja, não se espera encontrar tal tecnologia fora de centros urbanos. (KUROSE, ROSS, 2003)
Além disso, apesar de o ADSL ser capaz de atingir taxas de transferência superiores às conexões discadas, a tecnologia es sujeita a atenuação, em função das limitações físicas da linha telefônica, onde a distância se torna o principal limitante. Baseado  nisso,  surgem  novas  formas  de  se  aproveitar  a  estrutura  física  da  rede telefônica, como o ADSL 2 ou ADSL+, que tem na forma de tratar o sinal ou modulá- lo,  a  tecnologia  para  incremento  da  taxa  de  transmissão.  Com  as  melhorias  na tecnologia ADSL, tornou-se viável utilização deste tipo de enlace para comunicação de Voz sobre IP, mas para viabilizar o uso de forma competitiva se comparado ao sistema tradicional de telefonia, é necessário a adoção de políticas de qualidade. (KUROSE, ROSS, 2003).




Aplicando QoS em VoIP





A qualidade na comunicação de voz sobre IP é muito subjetiva, mas devido as próprias caractesticas do meio e as limitações do protocolo TCP/IP, que não possui nenhum compromisso com QoS, a adoção de Técnicas de Qualidade de Serviço é

fundamental na medida em que se deseja um melhor resultado na comunicação voz, principalmente  em enlaces ADSL.
Existem algumas técnicas básicas, como a adoção do protocolo RTP (Real Time Protocol), que faz com que os pacotes sejam recebidos na mesma ordem de envio, uma vez que os pacotes podem seguir caminhos diferentes, e não chegar exatamente na mesma  ordem.  Para  seu  funcionamento  são  necessários protocolos  complementares como o protocolo RTCP (Real Control Protocol), que realiza a compressão e monitoramento, e o RSVP (Resource Reservation Protocol), que aloca parte da banda disponível exclusivamente para voz. OS CODECs também exercem importante papel na garantia de qualidade da comunicação, tais como: G.711, G722, G723, G727, entre outros,  diferenciados  basicamente  pelos  algoritmos  usados,  a  média  de  atraso  e qualidade de voz, sendo o G711 o ideal para tratar deste último aspecto. (SILVA, 2010)
O Principal objetivo do QoS é priorizar o tfego sensível ao retardo, como é o caso da voz, em relação a transferência dos demais dados, conforme demonstra a figura 2.



Figura2 : Modelo para QoS





Segundo Hein (2011, p.17), para o funcionamento adequado do VoIP, devem ser garantidos os seguintes parâmetros:
     Atraso fim-a-fim abaixo de 150ms, conforme ITU G.114: O atraso dos pacotes numa comunicação fim-a-fim manifesta-se como o eco, podendo ocorrer quando o atraso for superior a 50 ms, e a sobreposição de sinal (linha cruzada), podendo ocorrer quando o atraso for superior a 250ms. (HEIN, 2011)
     Variação do atraso (Jitter), inferior a 20ms: o efeito Jitter é a variação entre os tempos de chegada dos pacotes no destino provocados pela rede. A remoção do efeito Jitter requer que os pacotes sejam armazenados por tempo suficiente em buffers, porém isso gera delay na transmissão que igualmente geram problemas

de qualidade de voz. Deve-se encontrar um ponto de equilíbrio na configuração. (HEIN, 2011)
     Perda de pacotes abaixo de 0,1%: Perda de pacote: As redes IP não podem assegurar que todos os pacotes serão entregues, muito menos na ordem correta de envio. Alguns pacotes podem ser perdidos durantes a transmissões quando a rede estiver congestionada, por exemplo. A interpolação entre pacotes é uma solução encontrada para solucionar o problema de perda de pacotes, uma vez que a qualidade de voz é sensível ao tempo de entrega dos pacotes. Perdas de pacote maior que 10% geralmente não são toleráveis. (HEIN, 2011)


Como implementar QoS em links ADSL?





A implementação de políticas de QoS links ADSL tradicionais, basicamente pode ser implementada através dos recursos das ferramentas disponíveis em alguns modelos de roteadores de mercado. (FAGUNDES, 2011)
A manutenção de qualidade de voz aceitável apesar de variações inevitáveis em desempenho da rede, como congestionamento ou falhas na conexão, é alcançada usando técnicas como compressão, supressão de silêncio, e QoS nas redes de transporte. (FAGUNDES, 2011)
Alguns softwares pré-processam as conversações de voz antes do envio, além de aplicar a técnica de supressão de silêncio que suprime a transferência de pausas, respirações e outros períodos de silêncio podendo chegar a 50-60% do tempo de uma chamada, economizando largura de banda de transmissão. Como a falta de pacotes é considerada silêncio absoluto é necessário uma função para adicionar um "barulho de conforto" na transmissão. (FAGUNDES, 2011)



Figura 3: Mecanismos de QoS.

Para  a  implementação  de  VoIP  em  redes  de  longa  distância  (Wide  Área Networks WAN’s) duas abordagens de QoS podem ser adotadas: Serviços Diferenciados (DiffServ) e Serviços Integrados (IntServ). (SILVA, 2007)
A abordagem IntServ procura garantir qualidade de serviço fim-a-fim, isto é, negociando e reservando recursos exclusivos para tfego priorizado por toda a rota entre transmissor e receptor. É baseado no protocolo RSVP (Resource Reservation Protocol), e necessita que todos os roteadores nessa rota implementem esse protocolo. A abordagem DiffServ baseia-se na marcação de bits TOS (Type of Service) no cabeçalho  do  pacote  IP  para  atribuição  de  diferentes  veis  de  prioridade  para  os pacotes. Nas WAN’s privadas as empresas têm a opção de adquirirem e instalarem roteadores   que   implementa DiffServ   e/ou   IntServ   e dessa   forma,   garantir efetivamente uma excelente qualidade para seus serviços VoIP. (SILVA, 2007)
Na prática, quando uma empresa deseja utilizar a Internet para serviços de VoIP, o máximo que se pode fazer é garantir que os dispositivos da rede interna implementem DiffServ, (SILVA, 2007)


Conclusão



A implementação de VoIP, pode ser uma alternativa interessante ao sistema tradicional de telefonia, onde a busca pela diminuição do custo de comunicação seja significativa, porém em enlaces ADSL, se não houver nenhuma preocupação com a adoção de técnicas básicas de QoS, o uso prático da Voz sobre IP, pode ser invvel, pois não havendo garantia mínima de largura de banda disponível, e tratamento do tráfego, a inteligibilidade da conversação poderá ser totalmente prejudicada.
Entretanto nem sempre tais pticas podem ser adotadas, uma vez que a implementação de QoS representa custos, podendo ser eliminada do orçamento, por em alguns casos inviabilizar os custos totais, frente ao sistema tradicional de telefonia.
outros mecanismos para controle de tráfego, inibição de congestionamento e técnicas de enfileiramento para qualidade de serviços, porém diminuir o custo da implantação e oferecer a melhor qualidade de voz é um dos desafios. Os equipamentos de VoIP oferecem mecanismos para ajustar o ambiente de transmissão e aperfeiçoar a qualidade de voz dentro que custos aceitáveis, mas nenhum mecanismo de QoS será eficiente se não houver disponibilidade e largura de banda suficientes, e neste quesito o método DiffServ mostrou-se mais eficaz.

Apesar de a Internet não prover QoS, e o ADSL não ser o sistema ideal, o que se observa na prática é a obtenção de níveis aceitáveis de qualidade do VoIP através da Internet,  desde  que  adotando  um  bom  link  e  aplicando-se  políticas  de  QoS  nos roteadores e dispositivos, e com a constante redução dos serviços de Internet, disponibilidade cada vez maior de links em meios físicos mais confiáveis e eficientes, redução nos custos de aquisição dos equipamentos necessários para implementação de QoS,  o que se tem hoje são mais e mais empresas adotando esse tipo de tecnologia.




Referências





ALECRIM, Emerson. O que é e como funciona ADSL. Disponível, com anotações de




ANSCHAU, Querino Junior; MARQUES, Guilherme Geraldo de Freitas; TEIXEIRA, Damazio Pereira. ADSL e ADSL2: As Tecnologias da Internet na Telefonia Fixa. Disponível, com anotações de 2010, em:< www.teleco.com.br/tutoriais>.


FAGUNDES, Eduardo Mayer. A Convergência das Redes de Voz. Disponível, com anotações de 2001, em :<efagundes.com>


HEIN, Mathias. Qualidade em VoIP. Revista RTI. São Paulo: Editora Aranda, 2011.



OLIVEIRA, Sergio Ricardo de Freitas. Solução Corporativa VoIP: Caso Prático. Disponível, com anotações de 2005, em: <www.teleco.com.br>


SILVA, Adailton J.J; Qualidade de Serviço em VoIP – PARTE1. Rede Nacional de Ensino e

Pesquisa, 2007.



SOARES,   Lilian   C.;   FREIRE,   Victor   A..Redes   Convergentes:   Estratégias   para transmissão de voz sobre Frame Realy, ATM e IP. Rio de Janeiro: Alta Books, 2002.


SAKURAY, F; SADOYAMA, N. N. Tecnologia xDSL, Universidade de Londrina,2004.